Ida ao novo Pavilhão da Luz

Ida ao novo Pavilhão da Luz

Há dias tive o prazer de ir assistir ao desafio Slb x Fcp em basquetebol. Sempre fui adepto do Slb APENAS em basket, de resto repudio-o imenso. Comecei a gostar de basket no inicio da década de 90, com as transmissões da NBA. Por essa altura, compramos um parabólica e pude começar a embrenhar-me no basket europeu. A liga espanhola ACB era a mais espetacular. Via todas as que podia, italiana, grega até a cipriota. Na algura a Liga De Clubes de Basquetebol não existia. Apenas a primeira divisão. O Benfica dominava o nosso primitivo campeonato. Carlos Lisboa, Pedro Miguel, Jean-Jacques, José Carlos Guimarães, Steve Rocha, Mike Plowden, Artur Leiria (que era jogador pós-laboral), e outros mais eram um dream-team Português. Do lado do Porto, Fernando Sá, Paulo Pinto, Rui Santos, Jared Miller e Nuno Marçal ofereciam forte resistência e dominaram o panorama basquetebolístico depois de reformada a equipa do Benfica.

A historia mudou muito e hoje em dia o Benfica e Porto têm mais competição, com o estabelecimento da Liga TMN. No banco do Benfica, está o Carlos Lisboa a orientar a formação encarnada.
Já vi vários jogos muito bons da Liga TMN mas foi a primeira vez que presenciei um derby vindo do futebol. Que diferença. O típico público apreciador de basket estava misturado com a classe rasca de adeptos de futebol que não têm mais que fazer ao Domingo á tarde que deambular pelo complexo desportivo do Benfica á procura de ver qualquer coisa vermelha a jogar algum tipo de jogo. O desconto dado a sócios do Benfica tornava acessível o jogo de basket a qualquer um, especialmente os famintos do Glorioso do Futebol (sic) que esse fim de semana não jogou em casa.

Dai o fanatismo pobre de espírito que vingou neste desafio, repleto de energúmenos que nem sabiam as regras do basket e achavam estar sempre roubados como se fosse o Jorge Coroado a anular golos e fazer vista grossa a penalties.

Insultos a jogadores e treinador do FCP, árbitro eram música de fundo. Os joagdores americanos do FCP tiveram o previlégio de ser insultados na sua lingua mãe. "You are a gay", diziam. O treinador portista, Luis Magalhães era alvo de fortes berros, modificando o seu nome de família de "M" para "C". Não percebi porquê já que o homem nunca esteve associado a nenhuma polémica contra o Benfica, tendo inclusive treinado a Portugal Telecom na capital do páis. Ás tantas vira-se um senhor para trás e pergunta a um "adepto" o porquê dessa perseguição:
"o Magalhães é o do Porto"
"mas porquê que atacam assim o homem?"
"..Porque é do Porto, pá. Ora essa!!"
(sic)

Pelo caminho um jogo bem orientado e disputado do incio ao fim no novo e pequeno pavilhão. A insonorização não é tão vibrante como no anterior que ficava debaixo do ex-estádio da Luz mas vê-se bem e salutam-se as novas condições como o marcador central no tecto, com 4 lados.




No final, vitória do SLB com o "Cheira bem, cheira Lisboa" a ser cantado no ultimo minuto com o jogo já resolvido.

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