Viagem a Cuba - Parte V - Hemingway em Havana

O regresso a Santiago proemtia, já que desta vez íamos ficar no célebre hotel Ambos Mundos, casa de Hemingway, e cujo quarto de eleição está bem preservado como museu, com objectos seus. A vista era magnifica, com a antiga embaixada dos EUA á vista. O hotel mantém o seu estilo clássico, e não sendo muito moderno está bem agradável. Durante a noite um ruido imenso dos carros cisterna a abastecer os prédios. Não há água canalizada em Cuba, e todos as noite há abastecimento por camião, com as mangueiras dliberadamnete a deiatr água por fugas nunca reparadas, de modo a que cubanos comprem a água com tinas de plástico em regime de mercado negro. O pequeno almoço foi no terraço, com espectacular vista sobre toda a cidade. Estranhámos não ver uma única parabólica que fosse, mesmo sendo ilegal. Explicaram-nos que alguns depoóstidos de água escondem as antenas, cujo sinal é revendido pelo prédio abaixo.
Estranhamos mais uma vez ver pouca fruta nos pequenos almoços, já que deveria haver mangos, laranjas, abacates, cocos em abundância. Os sumos de frutas eram de pacote muitas vezes e a fruta enlatada. Mesmo na rua via-se pouco a vender, o que é o reflexo de uma agricultura colectiva totalmente ineficiente e improdutiva. Não só não se econtra fruta, como o café que os cubanos bebem é 10% café e 90% mistela de água com um feijõa que dá um aroma semelhante, o que é quase inacreditável num país tão verde e fértil como é Cuba. Por aí também se ve que se falsifica tabaco com folhas secas de banananeira, rum com alcoll etilico, cerveja de arraiais que deixa uma tremenda ressaca a quem a bebe e mais alguns que teoricamente cuba produz em quantidade para exportar. A carne é muito escassa, o que é novamente supreendente já que deveria sair bastante económico ter vacas e outros bichos a pastar na imensidão de zonas verdes. Ora acontece que as vacas são todas do estado, e matar uma para comer é um crime muito grave pela lei cubana. Resultado que o truque é cortar a vedação dos pastos, atar a vaca aos carris dos comboios e esperar que seja atropelada. Ai já não é problemas de legalidade, e a policia, pastores e mesmo o pessoal dos caminhos de ferro levam um bocado para casa. Dizem já terem descarrilado coimboios com isso, nada surpreendente dado o estado das linhas, patente no facto de Santia-Havana levar mais tempo de comboio do que de carro. Só há austroestrada num bocado de caminho a sair da Havana, até á Sierra Maestra, e o total são 950 km. É no entanto legal possuir e cuktivar terra até os 7Ha mas não resolve nada já que o agricultor tem que entregar a sua produção ao estado, único que pode comercializar os alimentos. De modo que só compensa produzir para próprio consumo, para vender sem grandes volumes no mercado negro, e a qualidade é irrelevante.
Quanto á educação é de borla, mesmo para o ensino superior. De pequenos é a lavagem cerebral comunista e depois é a desilusão de não conseguir rentabilizar os estudos. Um professor vive mal porque não passa qualquer tipo de comércio pela mão onde possa limar percentagens. Um curso tecnico profissional de hotelaria é muito mais concorrido, já que nos hoteis é onde passam turistas, logo podem-se agenciar serviços, ficar com produtos que os turistas deixam para trás, e claro, receber gorjetas.

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