A Guerra Fria II

Nas noticias recentes tem vindo a lume, e ao rubro, o conflito internacional tripartido entre os US, a Russia e dois Países da UE.

Os US têm autorização da Polónia e da Rep Checa para instalar as suas defesas anti-missil no seu território.

Os russos consideram-no um acto de defesa dirigido contra si e que os priva da sua capacidade de defesa. Na minha óptica têm razão. O Putin é um homem sem escrúpulos mas uma coisa tem feito. Defender o interessa estratégico da nação a todo o custo, doa a quem doer. Um das coisa mais importantes que tem feito é o desfazer de monópolios conseguidos corruptamente depois da queda do Pacto de Varsóvia. Exemplo crasso é a nacionalização á força Yukos para a estatal Gazprom. Outro é o arrancar da exploração da petróleo na Ilha de Shakalin (onde um SU15 russo abateu o 747 KAL007) das mãos da Shell. Putin é um homem bruto que só conhece a lei da força, mas não deixa de ter razão de ver semelhante afronta.

O caso é semelhante aos mísseis colocados em Cuba e que motivaram o fracasso da Invasão da Baía dos Porcos, sob as ordens de JFK. Os americanos teriam toda a razão de protestar nestas provocações "by proxy".

O Mundo mudou desde então, mas é triste ver como há sempre Países sem orgulho nenhum prestes a prestar vassalgem perante um "grande".

A Polónia que passou a sua História a comer porrada dos Alemães e Russos vai outra vez meter-se num imbróglio. A Russia já os ameaçou de cortar todas as relações económicas, o que vai abalar uma frágil e lenta economia.

Gritante é como é possível que dois países da UE se metem numa coisa destas. Será estratégia de Bruxelas este tipo de jogo duplo? A mim parece-me muito perigoso e já era tempo de TODAS da bases US na Europa fecharem para sempre. A Alemanha ocupada (base US Army em Darmstadt persiste por exo) já as vai eleminando, como acabou a da USAF em Frankfurt.

Hoje em dia armas atómicas proliferadas fazem da détente da 1ª Guerra Fria uma antedota. Russos, Franceses, Ingleses, Chineses, Indianos, Paquistaneses, Egipcios, Norte-Coreanos, Iranianos, Americanos todos têm ou vão ter algum tipo de armamento nuclear em breve. É muito mais dificil controlar tanta "boca" do que quando era apenas o lado E e O da Cortina de Ferro a jogar o xadrez nuclear.

Os tratados de Não Proliferação Nuclear (literalmente proibir os países pequenos de ter armas nuke) são coisa utópica do passado. Na realidade proibindo-se o fruto faz com que a corrida ao armamento atomico aumente para se colher dividendos políticos ( Kim Il Sung a ganhar vantagem para sobreviver, Ahmadinejad a ganhar show off como o País islâmico mais forte vs US).

A NATO está a desmoronar-se, com a parte Atlântico Nordeste cada vez mais separada da Atlântico Noroeste. Um Politica Militar Comum aparecerá no seguiento da PAC e da fiscal. Já se vêm movimentações de compras e vendas de indústria militar (Thales comprou construtora nacional francesa de navios de guerra) á espera do procuremente central militar de Bruxelas.

Por outro lado a Inglaterra entra noutro círculo interessante. O (muito falso) Tory Gordon Brown sucederá a Blair nos próximos dias. Afirmou logo "não ser um defensor da UE". Que dizer de um líder assim? Mais um ilheu complexado com medo de ser dominado pelos franceses continentais mais cultos, ferrenho das moedas com a cara da Rainha e conduzir no lado errado da estrada, apreciador da iguaria do fish&chips?

Quanto tempo mais vamos poder aguentar o Reino Unido na UE?
- será que vale a pena por terem $$ e serem o centro financeiro da Europa?
- para que lado pende a balança entre o serem um infiltrado US na UE ou um mediador?
- que problemas de segurança em relação a terrorismo islâmico oferecem? Acabam por ser um Pais odiado no Mundo, decadente no seu sonho imperialista como o cãozinho dos US.

Assiste-se a uma corrida ao armamento e, até Shinzo Abe, primeiro ministro nipónico vai mudar a constituição lavrada no pós-WWII que nomeava as forças armadas japonesas de auto-defensivas. Vão passar a poder participar em conflitos e "missões de paz" (ou Pilhagens legais). Sem dúvida mais um louquinho a prestar vassalagem a um grande. Mas será aos americanos?

Um factor de divisão na Europa começa a ficar definido, o da entrada da Turquia na UE .
- amigos dos americanos
- país odiado por todos
- esqueletos no armário em relação á Arménia
- graves problemas com fundamentalistas islâmicos (Erdogan)
Com este último talvez de tenha morto este assunto. Os franceses andavam-se a bater pelo Holocausto dos Arménios, saiu-lhes a sorte grande noutro lado.

Será um alivio para a UE ou uma oportunidade perdida de chegar á Ásia?

Hum... talvez não. O Chavez fala de independência em relação aos tiranos US, mas vende petróleo a Bush na mesma (!) e a outros "mais" idóneos como Russia e China.

O dolar afunda-se e hoje em dia a Europa já nem se preocupa em em tentar controlar o abismo para manter as exportações para o Novo Mundo. Que se afunde o tesouro US, com a maior dívida externa mundial, contráida através de obrigações na posse...dos Chineses.

Estes desiquilibrios e oportunidades para vários cães vão gerar um clima tenso nos próximos anos.

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