Ida a Bruxelas

Foi novamente a bruxelas na Virgin Express, num Boeing 734 sem winglets já pintado com o livery Brussels Airlines. No check-in pedi fila de emergência que me dizem conceder mediante o pagamento de 15 euros. "Grande Roubalheira" saiu-me involuntariamente pela boca fora em alto e bom som. Recusei e pedi uma janela qualquer. O 12A que me atribuiram, constatei a bordo que... era fila de emergência. Uma sandes com queijo Gouda, sumo de laranja, salada de frutas e um muffin ficaram por 8 euros pagos com VISA a papel químico (não deveria ser dificil aldrabar aquilo).
Todo carregado de casacos porque na semana anterior fui só de blazer e gelei quando antes da aproximação o cte avisa dos três graus negativos, desta vez bufei ao saber dos 8 positivos. Na semana anterior andei a pé na zona financeira dos grandes bancos e minstérios á meia-noite, cerca de meia hora em busica do hotel a sofrer com os tais -3. Mesmo assim a prostituição andava na rua com mini-saias mais pequenas que os meus boxers. Andava a procura de um hotel na Place Rogier, que confundi com a rua Rogier, felzimente separadas por 10 minutos a pé. Deu para verificar que estava em Bruxelas com a prova irrefutável dos postes dos semáforos com listas vermelhas e brancas.
A imigração em Brussels (fica na Flandres e não na Wallonia) é notória. Desde os pretos das Colónias como o Congo, a chineses, turcos, portugas e pessoal do leste. Perguntei direções a dois senhores com cara de locais na rua em francês, e responderam-me num francês tão mau que agradeci com "obrigado". Todos contentes por falar com um compatriota desta vez respondem ao agradecimento na lingua de Camões.
Ter duas linguas oficiais é um caos. Todos os nomes seja do que for têm uma escrita diferente em francês e holandês, mesmo uma estação de metro. Exos Stokkel vs Stockel (será que stokel é uma palavra francesa ou apenas bater o pé pela lingua?).
Antwerp - Anvers
Brussels - Bruxelles
Lao-Liège
Leuven-louvain
Andei á procura da Avenida Tervuren (enorme a começa da praça Montgomery). Ingénuamente adoptei a pronúncia francesa, algo do tipo Térvuréne e perguntei direções a várias pessoas que apesar de falarem francês, não percebiam que direção era essa. Ao mostrar um mapa lá exclama a pronúncia correcta que é em holandês "Tehrvúren"...casa de loucos.....

No aeroporto de Zaventem está ainda de pé a estrutura do hangar da Sabena Technics que ardeu no ano passado com vários aviões lá dentro. Era de esperar que tivessem removido aquilo, mas as paredes contorcidas matêm-se ao alto.
Desta vez vinha na TAP com o intuito de chegar a Lisboa ás 21h00 e apanhar o ultimo voo para a Madeira ás 22h. Um belo atraso de uma hora e 10 minutos enquanto falava com colegas ao sabor de uma cerveja branca, tornava imperativo um atraso de pelo menos 45 minutos no LIS-FNC. Como por vezes acontece, a esperança a última a morrer. O atraso do voo de Bruxelas foi cumprido na íntegra e o CS-TNP Alexandre O´neil entrou em calços ás 22h10. Claro que quando é preciso nunca há atraso e logo ao aterrar ligo o telemóvel e vejo no site da ANA que o voo para a Madeira estava a partir sem mim. Paramos no A07 com manga, mas nem assim isso serviu porque estivemos quase 10 minutos á espera de funcionários ANA para operar a manga. Aparentemente estava alocada outra manga e a alteraçãp de ultimo instante não fez acompanhar os técnicos. Nem numa hora morta na Portela se conegue bater a logística deficiente. O voo seguinte seria ás 9h30 da manhã, logo uma ida a casa estava necessária. Mas eis que quando vou verificar onde estava a chave de casa (que faço antes de entrar no taxi) vejo que não a tenho. Toca a ligar a um familiar que tem uma cópia e lá vou eu buscar. Esse familiar mora junto ao Elefante Branco. Regressar a casa de taxi foi fácil apesar de não haver praça ali. O movimento de clientes com meninas a caminho de estabelecimentos de hotelaria é tão grande que justifica a presença de taxis por lá paradados numa praça virtual.

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