TER-HOR...com extravio de mala!!


Fiz um TER-HOR na SATA Air Açores, na passada 3ª feira. O voo saia ás 17h20, foi antecipado para as 15h50 e depois adiado para as 20h20. Apenas soube disto porque ia uma pessoa comigo em trabalho a quem o seu contacto se dava a trabalho de se informar. Levei comigo a mala do meu portátil e o meu bobi. Este tinha 9,1kg teve de ir para o porão por passar de 6 kg. Tirei tudo menos o bilhete do dia seguinte para PDL, por lapso. O avião atrasou mais de meia hora, mas num instante estávamos na Horta. O meu bobi é que não apareceu.
Fui reclamar ao lost & found, apresentando a etiqueta de bagagem e o talão do cartão de embarque. É nesta altura que as airlines esquecem a política do "voe connosco, sempre a servir o cliente" e começam a negar e a tentar baralhar o pax que acabou de ser “encavado”. A menina começa logo a armar uma confusão de que eu tinha de ter o recibo do bilhete. Ainda meio atordoado de ter visto uma mala ter ficado para traz num voo entre duas ilhas dos Açores num ATP, apresento o que restava do cartão de embarque. Estupefacto fico quando ela volta a insistir na porcaria do recibo que nos dão quando se compram os bilhetes. Como se fosse necessário! Retorqui secamente que não tinha e que não deixava de ter direito á minha mala por jogar fora esse papel. Era tão importante esse assunto que ela mudou logo de conversa e fez a minha participação.
Mas "esqueceu-se" de me informar as despesas de indemnização para bens de primeira necessidade. Quis saber se as tinha, disseram-me que até 57 euros mediante apresentação de recibos. O meu bilhete para PDL ficou dentro da mala, tive de comprar outro e vou fazer refund do que viria a recuperar mais tarde. Como já eram 22h e o voo para PDL era as 12h20 do outro dia, já não recuperava bilhete a não ser que a minha mala viesse no primeiro voo da Terceira. De manhã detectaram a mala em PDL (e de alguma maneira não pode vir para HOR ..sic...). Perguntei sobre os recibos onde entregava e disseram-me (desta vez) que tinham de ser em nome da SATA. Barafustei que isto é uma tristeza e passaram-me a chamada á funcionária que me fez a participação e disse que se lembrava de me ter dito aquilo (enfim...).Tenho a certeza que não me disseram nada disso, ou tendo-o feito foi "entre dentes". Damos até o benefício da dúvida á menina, mas fica por estranho que, estando eu bem atento aos pormenores e "clausulas" dos recibos, me possa ter escapado esse detalhe crucial.
Fui ao Modelo e comprei um monte champôs, lâminas de barbear, cotonetes, desodorizantes e alguns chocolates até perfazer o total (gastei 67 euros). Chegado ao aeroporto, fui pedir os meus 57. É sempre lindo ver a cara de surpresa "não sei se isso se pode fazer" dos funcionários quando se pede $$ para trás. Lá tiveram de chamar um chefe e levar-lhe o recibo para ele aprovar. Devia ter desconfiado quando levaram menos de 5 minutos a chegar com resposta afirmativa. Claro que não tinham "liquidez" e tinha de ir á caixa em PDL. Como tinha de embarcar lá fui.
Chegado a PDL, vou ao balcão de irregularidades e peço pela minha mala que me tinham dito que ficaria lá. A empregada que me atendeu responde logo antes de me perguntar o meu nome "de certeza que é mesmo aqui?". Começo a ficar irritado com esta atitude baixa. Vira-se para a outra colega enquanto lá mexe no computador e pergunta se ela sabe de alguma mala que possa ser para mim. A menina "Kristy", que tinha estado a ouvir a conversa mas que por "educação" decidiu manter-se calada, diz que sim e vai lá buscar o meu volume de bagagem. Estava tudo em ordem. Apresento-lhe logo o recibo para pedir a indemnização e as duas começam a gaguejar logo com a cara do "isso não pode ser". Digo logo que na Horta me disseram para vir ali. Respondem que isso é lá com os SATA-Horta e que ali é outro escritório. Começo a soltar fumo e respondo "Isto não pode ser assim!". Que comprei um bilhete na SATA e que não me interessa se é de Ponta Delgada e Horta e que atirar os clientes assim á toa de um lado para outro não pode ser.
Relembro que o boss lá da Horta tinha dito que ia enviar uma mensagem para autorizar o pagamento. Nem obtive resposta, a Kristy agarrou no talão e começou a riscar itens. Mais um golpe na minha paciência, volto a insistir que aquilo tinha sido aprovado! Ela lá diz que viu a mensagem no computador mas que está a verificar os itens que podiam ser pagos.
É enojante ver como tentam a todo o custo não só não pagar como não admitir que o cliente possa ter razão.
Lá me diz que não põem pagar os chocolates, mas só me ri, porque descontando os chocolates deu 52.98 euros de 57 possíveis. Depois dizem que não têm liquidez, e voltam a insistir em que devia ter sido reembolsado na Horta por transferência. Respondo "não me interessa, tem de ser resolvido aqui". Isto já planeando tirar fotos ás empregadas, e mandar vir um chefe, escalando hierarquia até conseguir alguma coisa. Lá a "Kristy" chama o departamento de vendas com má cara e parece que têm os 52.98 euros para me pagar. Sai uns 5 minutos e depois volta para mos dar certinhos até ao último cêntimo (e bem fez, não teria colaborado em troco algum).
Fiz um sorriso triunfal e agarrei no $$ e sai com a sensação de um feito de Hércules. Pelo caminho nem um pedido de desculpas pela mala extraviada e fica registado apenas o tentar não pagar qualquer ajuda para o tempo que fiquei apenas com um computador. Uma mentalidade básica e inútil, porque estavam condenados a pagar-me chegado ao balcão com os recibos em ordem.
Só não reclamo disto á SATA, porque estes funcionários até recebiam uma medalha lá dentro.



Comments

Es um betinho.
Insultavas logo de putas e vacas e resolviam tudo em muito menos tempo, com direiro a chocolates e tudo.

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