Rescaldo da ida a LHR no 911 + 5

Mais uma má chegada a um aeroporto em Londres, desta vez LHR.

No dia 11-9 fiz LIS-LHR. Fiz o check-in telefónico de véspera para evitar overbooking. Incrivelmente no site da TAP, existe uma página sobre o telecheck-in, mas o número de telefone, esse nem ver. Valeu o 118.pt. Ao levantar o cartão de embarque um grande sermão sobre não levar líquidos, desodorizantes etc. Sem qualquer remorso, ignorei por completo e levei o meu bobi com amostras de perfumes, dentífrico nas lonas, lâmina de barbear descartável e um desodorizante. Sabendo de antemão que á vinda a segurança seria mais apertada planeei atirar estes artigos todos fora menos o desodorizante. Como de costume passou tudo no raio-x mesmo a lâmina de barbear. Surpreendentemente fomos num A310, Fernão de Magalhães

Ido de Rochester no nosso 307 alugado, fez-se bem o caminho pela M2 até á M25. Pouco tempo após a saída para a M23 que ruma a LGW, o trânsito pára. Passava das 16h e o nosso voo era ás 18h20, faltando 57 milhas para chegar a LHR. Levamos uns 20 minutos a fazer 4 milhas, porque houve uma acidente no sentido contrário entre uma camião e um ligeiro (ford KA). Estava um heli de modelo que não sei precisar (estabilizador vertical duplo) da Kent Police parado no meio da estrada enquanto desencarceravam pessoas do carro que ficou por debaixo do camião, todo o tejadilho arrancado. Dois policias seguravam um pano verde grande, a tapar o por certo macabro espectáculo. Apesar de os veículos não ocuparem a via mais interna, a presença do heli impossibilitava a circulação dos outros. Tal como em Portugal, o nosso engarrafamento era a ver o azar dos outros, e passado o acidente a fluência retomou-se. Do lado parado, a fila imobilizada estendeu-se por mais 28 milhas (50km)!!! Só a partir dai vimos carros a andar, mas provavelmente a aumentar a cauda da mesma.

A cerca de 10 milhas de LHR, começa o trânsito a abrandar. Levámos cerca de 45 minutos a fazer essas 10 milhas, sempre no pára-arranca. Pelo caminho um espetáculo de aviões a descolar por cima de nós, que não goazamos como seria de costume. Foi um alivio ver a rotunda com o Concorde G-CONC. Saímos para o terminal 2, metemos o carro á pressa no parque de curta-duração e fomos a correr para o check-in que ainda estava, apesar de faltarem 35 minutos para a partida. Apenas a mala do portátil pode ser levada a bordo, o bobi teve de ir para o porão. A menina da Alitalia aceitou-nos, após 5 minutos a olhar para ecran com cara de perdida e a telefonar para resolver alguma barraca que teve de vir uma chefe ajudar (só falava em standy...).

Ficava para devolver o carro na AVIS, e já não tínhamos tempo para ir tirá-lo do parque devolver no da AVIS, voltando ao terminal de bus. Ainda para mais com a segurança apertada, não ia arriscar. de modo a que fui ao balcão (sem pessoal) da AVIS nas chegadas, meti a chave e o talão do parque com a localização do estacionamento (F1-ZD-A4) escrita atrás, por baixo de um teclado que lá estava. Liguei dum telefone que lá estava para o escritório principal, a avisar do caso, e recebi a prelecção da multa que incorri de 50 libras, mais uma série de coisas pela entrega incorrecta.

Rumo ao raio-x que já se fazia tarde, toca a passar por uma humilhante e auscwhitizana inspecção. Havia baldes cheios de isqueiros, batons, perfumes e a outros liquidos terroristas. Um homem que vinha com um bobi foi mandado para o check-in para o meter no porão. Era obrigatório a todos tirar os sapatos para o raio-x. Garrafas de água eram apreendidas, a 5m das lojas onde de podiam comprar iguaizinhas, mas essas já terrorist-free.

Sabemos já na segurança que o avião atrasou 1h10m, o que mesmo assim não nos deixou o suficiente á vontade para voltar ao lounge do terminal ir entregar o carro na AVIS.

O embarque começou a horas, e estávamos todos no A321 CS-TJE da TAP prontos para rolar, quando a demora se instala. Aparentemente qualquer perda de slot em Lisboa foi a cause de só termos descolado ás 20h15, com duas horas de atraso.

Pelo caminho ao taxiar, vimos um A320 da TAP que provavelmente voava para OPO. Na panóplia de caudas, vi 777 da JAL, A346 da Virgin, 767 da Kenya, 744 da ANA, BA, KAL e Air new Zealand, 777 da Emirates e algo que nunca tinha visto na minha vida, um 747SP com um aspecto de avião presidencial de algum país do médio Oriente. Enquanto escrevo isto como com turbulência moderada que faz o computador tremer.