A realidade do UK VII - Habitação
Casas
As casas inglesas são confortáveis. Têm todas aquecimento centralizado em todas as divisões. Previlegia-se a moradia em vez do apartamento, fora de Londres. As casas tipo de T3 costumam ter 2 quartos de dimensão normal e um mais pequeno para crianças. Carpete em todo lado, inclusive no chão dos WC, apenas recortada na base da sanita e banheira. Ou seja, tiros fora do "alvo" ou sair com sabão da banheira é lavar a carpete. Lava pés não existe, é coisa de frogs.
Há dois WCs normalmente. Um pequeno só com sanita e lavatório no piso de baixo, e outro com banheira no andar de cima. As paredes são forradas a papel meio piroso e feitas de madeira apenas. Quando há um incêndio, vai tudo esfumado.
O aluguer de casas é muito comum lá. A lei funciona e quem não paga a renda é mesmo despejado num ápice pela policia. O inglês, quando jovem, é bastante nômada. Viver pelos 4 cantos do país, sempre a alugar casa é um life-style bastante apreciável. A ideologia que só viver nas grandes metrópoles é que vale não é tão patente lá, apesar dos ordenados londrinos (e despesas) serem muito superiores.
Tentamos alugar uma casa através da agência Seekers. A primeira vez estivemos uma hora com 2º á porta e nem nos vieram fazer a visita programada. Á 2a vez vimos a casa e OK. Ao fim de alguns dias o contrato para assinar não aparecia. Um gaja nojenta de cabelo curto disse-nos que o dono estava na Autrália e que não lhe ligavam porque era caro. Ouvidos de mercador quando disse que ligava e pagava eu. Acabaram por não nos alugar a casa com uma desculpa esfarrapada qualquer, e ainda se empertigaram quando comecei a bufar, no momento em que nos tentaram "ajudar" procurando outras casas. Por incrivel que pareça conheci num pub os 3 ingleses que alugaram a casa. O dono, afinal morava no fim da rua. E era um tremendo filha da mãe que entrava pela casa a dentro sem dizer nada. Muitas vezes, no pub, sondava o pessoal para irmos pegar fogo na agência da Seekers no último dia que passasse no UK.
Alugamos uma casa T3 num bairro de indianos a um agente indiano, o Nural Islam que tinha um mercedes com matrícula "N4RUL". Foram muito porreiros tanto o agente como a familia do dono. As casas ou se alugam com recheio ou sem recheio e esta era sem. Arranjamos um deal de comprar máquinas de lavar etc a meias com o dono, que depois do ano que lá ficamos eram para ele. Emprestaram-nos uma TV toda podre que fomos buscar ao fim da rua. Entramos numa casa onde havia uma cheiro insuportável sabe-se lá a quê. Havia um aspirador com "asma", tinha o tubo todo furado e tapado com fita cola de caixotes. Tivemos foi que limpar a casa por todo o lado. A cozinha e a sala cheiravam a caril, os armários da cozinha estavam todos amarelados também a cheirar a caril. A casa toda tinha montes de dentes de pentes, deviam passar o dia todo a pentear-se. O WC não parecia ter aspecto de muito usado, no entanto.
O pai do dono da casa que mudou-se para Newcastle, um paquistanês, veio um dia cortar a relva. Tinha vindo há muitos anos para trabalhar na fábrica da Vauxhall perto de Luton. Ficou todo contente com um chá que lhe fizemos. Conhecemos o dono da casa uma vez. Tinha cara de traficante e dizia que cigarros ingleses não faziam mal á saúde (benson&hedges)! Contou-nos que umas marcas escuras nas paredes no andar de cima tinha sido feitas quando os seus naughty kids lhe tinham pegado fogo á casa!! Uma vez acordei durante a noite com um alarme. Vinha da caldeira de aqueciemnto. Era uma fuga de água que tinha derramado para um relógio de pulso velho da Action Force sem bracelete, que deve ter feito algum circuito á bateria e meteu o alarme a tocar. Demos porrada no relógio e aquela porcaria não se calava. Metê-lo numa taça de água e lá foi perdendo o pio. Telefonei ao Nural no dia seguinte e ainda hoje acho que ele não acreditou nessa história do relógio da Action Force.
Fiquei bem impressionado com o sr Nural. Não só não nos cobraram despesas da treta de limpeza como nos devolveram o depósito depois de tiradas as despesas de luz etc que faltavam. Um gajo impecável.
Quem deve ter ficado com a casa foram uns jovens romenos que lá vieram um dia. Falavam português e conheciam tugas que trabalhavam com eles na apanha da fruta. Falaram de condições quase desumanas.
As casas inglesas são confortáveis. Têm todas aquecimento centralizado em todas as divisões. Previlegia-se a moradia em vez do apartamento, fora de Londres. As casas tipo de T3 costumam ter 2 quartos de dimensão normal e um mais pequeno para crianças. Carpete em todo lado, inclusive no chão dos WC, apenas recortada na base da sanita e banheira. Ou seja, tiros fora do "alvo" ou sair com sabão da banheira é lavar a carpete. Lava pés não existe, é coisa de frogs.
Há dois WCs normalmente. Um pequeno só com sanita e lavatório no piso de baixo, e outro com banheira no andar de cima. As paredes são forradas a papel meio piroso e feitas de madeira apenas. Quando há um incêndio, vai tudo esfumado.
O aluguer de casas é muito comum lá. A lei funciona e quem não paga a renda é mesmo despejado num ápice pela policia. O inglês, quando jovem, é bastante nômada. Viver pelos 4 cantos do país, sempre a alugar casa é um life-style bastante apreciável. A ideologia que só viver nas grandes metrópoles é que vale não é tão patente lá, apesar dos ordenados londrinos (e despesas) serem muito superiores.
Tentamos alugar uma casa através da agência Seekers. A primeira vez estivemos uma hora com 2º á porta e nem nos vieram fazer a visita programada. Á 2a vez vimos a casa e OK. Ao fim de alguns dias o contrato para assinar não aparecia. Um gaja nojenta de cabelo curto disse-nos que o dono estava na Autrália e que não lhe ligavam porque era caro. Ouvidos de mercador quando disse que ligava e pagava eu. Acabaram por não nos alugar a casa com uma desculpa esfarrapada qualquer, e ainda se empertigaram quando comecei a bufar, no momento em que nos tentaram "ajudar" procurando outras casas. Por incrivel que pareça conheci num pub os 3 ingleses que alugaram a casa. O dono, afinal morava no fim da rua. E era um tremendo filha da mãe que entrava pela casa a dentro sem dizer nada. Muitas vezes, no pub, sondava o pessoal para irmos pegar fogo na agência da Seekers no último dia que passasse no UK.
Alugamos uma casa T3 num bairro de indianos a um agente indiano, o Nural Islam que tinha um mercedes com matrícula "N4RUL". Foram muito porreiros tanto o agente como a familia do dono. As casas ou se alugam com recheio ou sem recheio e esta era sem. Arranjamos um deal de comprar máquinas de lavar etc a meias com o dono, que depois do ano que lá ficamos eram para ele. Emprestaram-nos uma TV toda podre que fomos buscar ao fim da rua. Entramos numa casa onde havia uma cheiro insuportável sabe-se lá a quê. Havia um aspirador com "asma", tinha o tubo todo furado e tapado com fita cola de caixotes. Tivemos foi que limpar a casa por todo o lado. A cozinha e a sala cheiravam a caril, os armários da cozinha estavam todos amarelados também a cheirar a caril. A casa toda tinha montes de dentes de pentes, deviam passar o dia todo a pentear-se. O WC não parecia ter aspecto de muito usado, no entanto.
O pai do dono da casa que mudou-se para Newcastle, um paquistanês, veio um dia cortar a relva. Tinha vindo há muitos anos para trabalhar na fábrica da Vauxhall perto de Luton. Ficou todo contente com um chá que lhe fizemos. Conhecemos o dono da casa uma vez. Tinha cara de traficante e dizia que cigarros ingleses não faziam mal á saúde (benson&hedges)! Contou-nos que umas marcas escuras nas paredes no andar de cima tinha sido feitas quando os seus naughty kids lhe tinham pegado fogo á casa!! Uma vez acordei durante a noite com um alarme. Vinha da caldeira de aqueciemnto. Era uma fuga de água que tinha derramado para um relógio de pulso velho da Action Force sem bracelete, que deve ter feito algum circuito á bateria e meteu o alarme a tocar. Demos porrada no relógio e aquela porcaria não se calava. Metê-lo numa taça de água e lá foi perdendo o pio. Telefonei ao Nural no dia seguinte e ainda hoje acho que ele não acreditou nessa história do relógio da Action Force.
Fiquei bem impressionado com o sr Nural. Não só não nos cobraram despesas da treta de limpeza como nos devolveram o depósito depois de tiradas as despesas de luz etc que faltavam. Um gajo impecável.
Quem deve ter ficado com a casa foram uns jovens romenos que lá vieram um dia. Falavam português e conheciam tugas que trabalhavam com eles na apanha da fruta. Falaram de condições quase desumanas.
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