Hero Honda
Hero Honda
As campanhas da Honda merecem um post só por si. Num país de monopólios em relação a automóveis, as motas não são excepção. Aqui só há 2 modelos de motas: 1 de aceleras e outro de motas 150cc. Não contando com os moto-riquexós, também modelo único. Estas últimas são as “Hero Honda”, uma parceria entre um fabricante local e a Honda. Algo que dá a escolha para o cliente tipo os Trabant na RDA. As motas vendem-se bem não só na juventude, mas como transporte mais barato que carros e eficaz contra trânsito infernal.
As campanhas da Honda merecem um post só por si. Num país de monopólios em relação a automóveis, as motas não são excepção. Aqui só há 2 modelos de motas: 1 de aceleras e outro de motas 150cc. Não contando com os moto-riquexós, também modelo único. Estas últimas são as “Hero Honda”, uma parceria entre um fabricante local e a Honda. Algo que dá a escolha para o cliente tipo os Trabant na RDA. As motas vendem-se bem não só na juventude, mas como transporte mais barato que carros e eficaz contra trânsito infernal.
Cheguei a ver 4 pessoas, família inteira, montados em linha numa Hero Honda.
Estas HH são modestas em relação aos modelos 250, 500, 750cc e por ai acima. Na TV os anúncios mais frequentes são os da HH, além dos cremes branqueadores. Há 3 anúncios da HH, mas o predominante é uma peça de arte.
Começa com um Eurocopter Dolphin a larger uma HH para cima de um prédio. Depois aparece uma vedeta Bollywood qualquer a fazer umas poses tipo grande maluco da Estrada. A seguir vê-se uma cena de cricket, com um lançamento e tacada espectacular. Volta o Bollywood-boy e começa a andar de mota em grupo tipo Helll’s Angels (HH -150cc) numas autoestradas que mais devem ser no Japão. Eis que entra em cena uma actriz de Bollywood (creio que Pryanka Chopra, com cremes branqueadores na cara) e começa a cantar na lingua deles como que a desafiar o heroi. Vê-se também a actriz a chefiar uma bando de motards femininas em aceleras (150cc só para machos). Depois de umas cenas rápidas de motas com gajos a gajos, aparece uma HH a fazer o cavalinho com a roda de trás em fogo (parece cena Mortal Kombat).
“Herrroooo, Herroooooooooo Hondaaaaaaaaaa”.
Acaba esta epopeia com o actor, com um ar tipo samurai, a dizer “Dakh, Dakh, GO”.
Ver aqui, VALE A PENA, especialmente o fim:
Esta pérola, que mistura o machismo guerreiro japonês, com Bollywood, e a sustentar o low-cost indiano, a desprezar a cor acastanhada natural do indiano, e com as mensagens básicas de recompense na compra do produto “mota= ser macho=Bom no desporto=ter gajas”, deve ficar nos clássicos da publicidade.
Enquanto escrevo isto (estou num quiosque de carregamento de telemóveis a poupar uma noite de hotel no Aeroporto Chhatrapati Shivaji de Mumbai) está um funcionário indiano curioso a ver que raio faço aqui.
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