USAirways cobra Almofadas e Cobertores

Há nos anos 80 nos USA, alugavam-se os fones pros filmes e bebidas que não fossem água era a pagar (exo Eastern Airlines). Por mim podem cobrar tudo aquilo que eu não uso: os ditos fones, sandes da TAP (e KLM e AF etc), café de bosta (todas as airlines), almofadas, cobertores, toalhetes, descriminação de volume e tipos de bagagens. Até aceito que cobrem por lugares melhores (janela, por exo).
Em viagens pequenas servia bem a coxia. Detesto pagar por coisas que não quero. Actualmente é a mesma coisa que irmos ao cinema e pagarmos pipocas e balde de cola, quer queiramos, quer não. Prefiro pagar 5 euros na Brussels, e comer uma sandes á minha escolha e com salada de frutas do que a barra de energia (odeia isso) e as sandes de galinha empastadas de maionese da TAP (da KLM nem abro a boca tão nojentas que são as saladas que dão). As sandes quentes do médio curso, vêm muitas vezes com o pão seco e estaladiço, toca a comer em 5 minutos antes que se torne num em madeira para lenha.
Como não tomo pequeno almoço, a refeição da manhã dispenso. Os charters muito se financiam com álcool e tabaco duty free a bordo. Eu não compro nada disso, e acho bem que as viagens fiquem mais baratas porque quem os compra o faça em grande escala. Aliás mesmo as companhias de bandeira o fazem. 500 euros de vendas para a Escandinávia e 10 000 (DEZ MIL) num Luanda não são valores exagerados. O IFE também se fosse pago ninguém morria. Gosto do IFE interactivo, touch screen, pagava na boa 30€ pelo uso num voo de longo curso (exo últimos 747 da BA).
Os de sessão continua, dispenso e não pagava 5€ por aquilo (exo os primeiros B772 da BA). Deixemo-nos de moralismos sobre se devem ou não as airlines fazer isto ou aquilo. O produto principal é o transporte de A para B. Os tempos do glamour estão acabados para sempre. E ainda bem. Parecia noblesse oblige, com as pessoas a se aperaltarem para voar como se fosse ir á missa. Socialmente, algo primitivo. No dia quem liberdade de escolha não ser um ponto a favor do cliente, voltamos aos tempos da PT e a sua bela taxa de activação e aluguer do telefone.
No inicio dos anos 80 ainda durava o tempo do glamour cá em Portugal, mas nos US já tinha morrido. Cá pouca gente andava de avião. Era a classe média-alta e os imigrantes de anos a anos. Nesse caso os conta-tostões eram de facto um nicho. Hoje em dia há muita gente a andar de avião, até de classe média baixa, e jovens sem grandes posses. O nicho é algo percentual em relação ao mercado total.
O mercado cresceu e absorveu o cliente do glamour (deve ser grande parte do mercado de executiva, actualmente). Onde é que está o nicho agora? Engraçado que pensando eu como um nicho, esta começa a ser a tendência do mercado.

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