Satãozão e Satãozinho
Quem pensa que o conflito no Líbano se deve apenas a provocações baseadas com o prender e matar de soldados israelitas na fronteira com o Líbano, acorde para a vida. Há décadas que o Líbano vive num estado de caos interno, com guerras civis entre muçulmanos e cristãos. Israel esteve lá até ao fim do Século XX, depois de protagonizar um massacre HITLERIANO de 10000 (dez mil) refugiados civis muçulmanos, em que se passou um acampamento a pente fino com tanques. 10000 mulheres, crianças e velhotes morrerem dentro das tendas, esmagados por tanques israelitas durante a noite. Um Zyklon-B menos cínico, mais aterrador. A Siria ocupa parte do Líbano desde há muito tempo e sempre lá teve terroristas do Hezzbolah. Se não são fustigados por sírios, são-no por israelitas.
Em 1983 houve um atentado terrorista contra um avião da El Al, e em retaliação, aviões com a cruz de David foram ao aeroporto internacional de Beirute e arrasaram a frota quase toda da sua companhia de bandeira, a Middle Eastern Ailines. Tudo com o propósito de evitar que líderes terroristas escapassem do Líbano por via áerea civil. A táctica do martelo mata-moscas. Hoje em dia o Líbano vivia um paz tensa mas relativamente estável, e gozava de boa fama como destino turístico. No inicio do presente Verão os pássaros de ferro israelitas arrasam o aeroporto de Beirute e aniquilam o País, devido a querem acabar com os terroristas. Claro que mandar o Líbano para a miséria, além de o arrasar ao bombardear zonas urbanas e limpar 100 civis para cada terrorista é chamado legitima defesa. Confesso que estou farto de ouvir falar de Israel e da sua defesa do terrorismo. O "pequeno Satã" é um Páis cruel, hipócrita e conflituso. Vejo o israelita mais como um Hitler do que com o pobre judeu que saiu em vapor pela chaminé em Auschwitz. A sua política, quando misturada com a do "grande Satã", assusta-me. A pobreza intelectual dos comentários acerca do incidente com os observadores da ONU mortos por engano, mostra algo do tipo: "pena terem morrido uns quanto de facto, mas o importante é rebentar com esses terroristas todos, mesmo matando mais civis do que eles algum dia iam conseguir". O discurso do "um olho por dez cabeças, um dente por mais dez cabeças" na mesma frase que a palavra "Paz" é coisa de sociopatas, serial killers e lunáticos como Hitler. Pena de facto que a estupidez do povo árabe seja gritante tal como a sua cobardia. Raras são as vezes em que um suicida ataca um alvo militar. Os homens-bomba que estoiram autocarros e bares apenas dão (não dão, apenas servem de argumento barato) razão aos israelitas para se vitimizarem. Há um livro de entrevistas com personalidades dos dois lados do conflito na Palestina, escrito pelo israelo-português Henrique Cymmerman que é muito interessante. Há lá uma entrevista com um palestiano traidor a soldo dos serviços anti-terrorismo israelitas que afirma que estes estão a par da maior parte dos atentados contra civis perpetrados em solo israelita, com alguma antecedência. Mas quando precisam de interromper conversações de Paz ou arranjar pretexto para arrasar alguma povoação palestiniana, fecham os olhos e "deixam" ocorrer um.
Para cada civil morto com uma bomba em Telaviv, morrem centenas em prédios no Líbano que ninguém vê. O árabe americano que atacou um centro judeu em Seattle, matando um e ferindo cinco, também não percebe que esses judeus e o terrorista israelita não são a mesma coisa. Uma coisa é um etnia, associada a uma religião, outra coisa um País. Para que conste, metade da população israelita não árabe é judia não praticante. Israel é um erro político criado pela incompetência e desleixo das potências coloniais europeias na primeira metade do século XX. De inicio serviu para alojar judeus que queriam uma Pátria. Mas já se sabe que meter um povo de raiz (naquela zona não havia praticamente judeus no fim do século XIX, quando se iniciou o movimento sionista) numa terra e deixá-lo crescer, e conceder-lhe estatuto de Pátria é coisa que só pode dar guerra. Não vamos esquecer a falta de popularidade que os judeus, com os seus costumes pouco sociais e até bastante xenófobos, sempre gozaram mundo fora. Esta barracada é também um bastião americano no médio-oriente, dada a quantidade de judeus que lá na "terra dos livres, lar dos bravos". Hoje em dia Israel tem o mérito de ter um grande exército, bem treinado e apetrechado, insuperável para os estados islâmicos e a quem terroristas nem beliscam. Á parte disso, têm armas nucleares, coisa quem nenhum país do médio oriente sequer sonha. Menos o Irão. O seu líder um louco nacionalista que nada nos garante que não usará contra Israel um bomba desse tipo, a qual estará em avançado desenvolvimento. Israel tem se safado por que a tem, ficará de igual para igual com um País que odeia tanto o Satãozão como o Satãozinho. Este buraco tem sido cavado por esses dois países, e enoja-me ver a Europa impotente para acabar com esta loucura.
No passado recente alinhamos com esta barbaridade (Portugal, Espanha e UK), mas pusemos a bola de neve a andar demais para a apanharmos. Russos e Chineses não se mostram a favor de tomar partidos nem dos extremistas islâmicos nem dos extremistas-Anti-Terrorismo (nem sei o que chamar ao Bush e pandilha). O UK e a Espanha já viram onde se meteram, Zapatero ganhou as eleições na Espanha e Blair tem sido contrariado no apoio aos US. A NATO e a ONU não servem para nada, o Koffi Annan rema contra a maré cada vez mais forte. A haver comfrontos nucleares na zona do médio-oriente, podemos contar com petróleo a mais de 100 USD/barril, canal do Suez interrompido e um caos a nível mundial. Espero que nos distanciemos deste confronto, com um política concertada e bem clara a sair de Bruxelas.
A maior anedota disto tudo é que Israel afirma não estar em guerra com o Líbano.
A maior anedota disto tudo é que Israel afirma não estar em guerra com o Líbano.
Comments