Irlanda do Norte, Sinn Fein e o IRA

A Irlanda Norte não é um país, apenas a República da Irlanda o é. Portugal jogou com ambas na qualificação para o Mundial de 1998, mas a Irlanda do Norte é uma Região Autónoma como a Madeira. O ter selecção é apenas um facilitismo como dado á Escócia e País de Gales (esta nem região autónoma é apesar de ter a princesa mais famosa do mundo). Na realidade nem hino tem, usa-se a canção popular "Londonderry Air". Nada tem a ver com o domingo sangrento de 1972 em que tropas inglesas massacraram activistas independentistas, feito imortalizado pelos U2 na canção Sunday Bloody Sunday.

As relações Católico-Protestantes sempre estiveram ao rubro e confrontos armados entre forças da ordem e forças paramilitares como o Exército Revolucionário Irlandês (IRA). Esse sempre actuou na clandestinidade enquanto o partido Sinn Fein jogava no campo político, alegadamente sem ligação. O Sinn Fein, liderado pelo emblemático Gerry Adams, esteve 14 anos sem ocupar no parlamento os lugares ganhos nas urnas, contribuindo para o manter o afastamento total entre as duas facções.

Após muitos anos de lutas houve uma abertura ao diálogo entre o Sinn Fein e os unionistas. Há pouco mais de um mês o Sinn Fein e o IRA confessaram a sua associação negada durante anos, obtendo o perdão politico por parte dos ingleses, mais interessados no futuro.

Será o fim do terrorismo?

Não.
O terrorismo sempre serviu para mafias extorquirem fundos dos habitantes com vista ao financiamento do IRA. Claro que esses donativos não eram totalmente voluntários mas por medo ou ódio aos ingleses muitos contribuiram.

Com o passar dos anos, diluido diferendo e instalando-se o diálogo, o IRA deixou de ter razão de existir.

Mas as máfias do leste e os negócios obscuros de drogas e vendas de armamento persistem, recorrendo á extorsão.

Comments

Anonymous said…
um preciosismo...
o R de IRA e' de REPUBLICAN

Sf

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