Arquivos de Polícias Secretas
Os muito polémicos gémeos Kaczynsky (ou lá como se escreve) no poder polaco têm um tema quente em mãos. A abertura ou não dos arquivos da polícia secreta do seu País.
Por uma lado a abertura significa, apontar os dedos aos que anos e anos espiaram e prejudicaram os seus vizinhos, colegas e inlusive família. O tentáculo da opressão e injustiça.
Por outro significa a arbitariedade e o desentarrer feridas passadas. Qunatas pessoas terão sido obrigadas a serem informadoras para não serem despedidas de algum emprego e ficarem sem poder sustentar a familia? Quantos dados privados recolhidos de outras pessoas ficam agora abertos ao público? Imaginemos adultérios, dívidas, comentários que seriam privados, tudo aberto ao público? Imaginemos quantos dados falsos podem ter sido introduzidos a partir de boatos, maldizeres e mesmo mentiras inventadas pelos espiões?
Na Alemanha de Leste muitos arquivos da Stasi tiveram as folhas rasgadas, mas não queimadas, na altura da quebra do Muro. Acontece que neste momento está a ser tudo (100 milhões de pedaços de papel) digitalizado passado por uma algoritmo de reconhecimento de padrões que vai unir tudo em formato electrónico.
Outro assunto recorrente quente recentemente aqui em Portugal é o perdão de Mário Soares a Otelo Saraiva de Carvalho no caso do terrorismo das FP-25. Não só os crimes inexcusáveis contra civis foram perdoados como Otelo ainda aparece na TV como heroi regularmente.
Acredito que apenas a posse de arquivos compremetdores da PIDE em relação a membros actuais do governo pode abafar isto. Idem para o caso Sá Carneiro que hoje em dia tem o seu nome do Aeroporto de destino no voo da sua morte.
O célebre arquivo Mitrokhin fala da entrega de 500kg de arquivos da PIDE ao KGB logo após a revolução. Imagino o perigo e manipulação de que deve ter saido dali durante anos. Chantagens a toda a força, para o Páis virar á esquerda vermelha, o que felizmente não aconteceu mas podia ter saído o tiro pela culatra, já que Kissinger queria armar um golpe de Estado á Chile para nos transformar outra vez num ditadura de direita.
A verdade absoluta que se tira destes arquivos, descontando inverdades dentro, não se resumo ao preto x branco. É o cinzento que de nada serve. Quando os da Stasi foram abertos foi um choque para muitos. Provas de filhos a traírem os próprios pais para o Partido Comunista foram em grande escala.
A minha opinião é expressa com o deixar de duas hipóteses:
- queimar aquela porcaria toda, deixando por motivos históricos os ficheiros de peças chavas (ministros, presidentes, militares de alta patente)
- Deixar cativo 100 anos
Francamente prefiro a primeira. Assim invalida mesmo os que ficaram guardados, passam por falsificações e acabou-se. Acabam-se as chantagens e medos em relação ao que lá estava. Salazar está enterrado a Revolução feita e o País não pode ficar parado ali.
Viver do passado não serve. O arquivo da Torre do Tombo não deve ser um veículo de medo e chantagem mas sim um repositório de História. Por acaso dos acasos os arquivos de fronteira dos tempos da ditadura desapareceram msiteriosamente há pouco tempo.
Mais chantagens?
Por uma lado a abertura significa, apontar os dedos aos que anos e anos espiaram e prejudicaram os seus vizinhos, colegas e inlusive família. O tentáculo da opressão e injustiça.
Por outro significa a arbitariedade e o desentarrer feridas passadas. Qunatas pessoas terão sido obrigadas a serem informadoras para não serem despedidas de algum emprego e ficarem sem poder sustentar a familia? Quantos dados privados recolhidos de outras pessoas ficam agora abertos ao público? Imaginemos adultérios, dívidas, comentários que seriam privados, tudo aberto ao público? Imaginemos quantos dados falsos podem ter sido introduzidos a partir de boatos, maldizeres e mesmo mentiras inventadas pelos espiões?
Na Alemanha de Leste muitos arquivos da Stasi tiveram as folhas rasgadas, mas não queimadas, na altura da quebra do Muro. Acontece que neste momento está a ser tudo (100 milhões de pedaços de papel) digitalizado passado por uma algoritmo de reconhecimento de padrões que vai unir tudo em formato electrónico.
Outro assunto recorrente quente recentemente aqui em Portugal é o perdão de Mário Soares a Otelo Saraiva de Carvalho no caso do terrorismo das FP-25. Não só os crimes inexcusáveis contra civis foram perdoados como Otelo ainda aparece na TV como heroi regularmente.
Acredito que apenas a posse de arquivos compremetdores da PIDE em relação a membros actuais do governo pode abafar isto. Idem para o caso Sá Carneiro que hoje em dia tem o seu nome do Aeroporto de destino no voo da sua morte.
O célebre arquivo Mitrokhin fala da entrega de 500kg de arquivos da PIDE ao KGB logo após a revolução. Imagino o perigo e manipulação de que deve ter saido dali durante anos. Chantagens a toda a força, para o Páis virar á esquerda vermelha, o que felizmente não aconteceu mas podia ter saído o tiro pela culatra, já que Kissinger queria armar um golpe de Estado á Chile para nos transformar outra vez num ditadura de direita.
A verdade absoluta que se tira destes arquivos, descontando inverdades dentro, não se resumo ao preto x branco. É o cinzento que de nada serve. Quando os da Stasi foram abertos foi um choque para muitos. Provas de filhos a traírem os próprios pais para o Partido Comunista foram em grande escala.
A minha opinião é expressa com o deixar de duas hipóteses:
- queimar aquela porcaria toda, deixando por motivos históricos os ficheiros de peças chavas (ministros, presidentes, militares de alta patente)
- Deixar cativo 100 anos
Francamente prefiro a primeira. Assim invalida mesmo os que ficaram guardados, passam por falsificações e acabou-se. Acabam-se as chantagens e medos em relação ao que lá estava. Salazar está enterrado a Revolução feita e o País não pode ficar parado ali.
Viver do passado não serve. O arquivo da Torre do Tombo não deve ser um veículo de medo e chantagem mas sim um repositório de História. Por acaso dos acasos os arquivos de fronteira dos tempos da ditadura desapareceram msiteriosamente há pouco tempo.
Mais chantagens?
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