Inglaterra - update 4 anos depois
Depois de ter abandonado o UK, voltei lá duas vezes, uma vez em 2004 a Belfast com uma passagem de uma tarde por Londres que me saiu cara. Aluguei um carro de manhã para ir de Luton a Duxford (cambridge) e voltar. No regresso, obras na M11 e trânsito a subir a M1 deram-me tempo para deixar o Modus 1.4 tdi no parque de curta duração, fazer o check-in na easyjet a 2min do fecho e deixar a chave na Hertz com o ticket de estacionamento (o da Avis estava fechado). A brincadeira custou 50 contos...
Voltei em 2005, mas a Exeter, via LHR, no dia em que o A380 voou pela primeira vez.
Na semana passada foi o primeiro regresso a Londres. Apanhei o metro ai pela meia noite de Liverpool St, via King's Cross para Finsbury Park e estava tudo bêbedoa bordo. Tinham saído dos pubs e metade andava de lado, de vários escalões sociais e faixas etárias. Até ganzas fumavam e os comboios estavam todos sujos. Em Finsbury Park, deparo-me com um bairro velho londrino totalmente dominado pela imigração. Asiáticos da antiga India, negros das Indias Orientais e das Áfricas, e portugueses eram a esmagadora maioria da população, algo não tão óbvio nas zonas históricas. As lojas são quase todas ou pubs, ou cafés de pakis, ou minimercados de indianos (tipo o dos Simpsons), ou lojas de transferência de divisas de imigrantes, ou serviços de taxis meios fajutos a preço fixo de asiáticos, ou tascas tugas, ou lojas de kebabs. Feiras de mercadorias para asiáticos, comida, roupas e utensílios deixam antever um comércio de milhões.
Á primeira vista é um choque ver aquela malta toda, e as ruas totalmente sujas, mas facilmente se vê que ali não há criminalidade e que vive toda a gente em harmonia, e que todos parecem trabalhadores. Em London Bridge vê-se um cartaz a apelar ao orgulho dos cidadãos para manter a cidade limpa.
[foto][foto]
Havia um bar madeirense e um café chamado Madeira Star 2. O bar só abria ás 18h e era fully licensed, ou seja, borga pura e dura. O café tinha bom aspecto, com objectos alusivos á ilha nas paredes. Pasteis de nata e bicas Delta e cerveja Sagres eram produtos disponíveis. A bica custava 1.2 gbps (1 libra para os tugas) e tudo o resto era bem mais caro que em Portugal.
Jogava no momento o Brasil e a Croácia. Além dos óbvios tugas, o dono era do Seixal e um dos empregados do Caniçal. Estavam uns quantos brasucas, também. Um português, de aspecto razoável, comentou que a seleção que o impressionou mais era a alvi-celeste. Um brasileiro bêbedo levantou-se, apontou-lhe o dedo e prospegou-lhe um soco na cara. O tuga levantou-se e foi-se embora sem nada dizer. Os donos da casa ainda foram acalmar o brasuca, como que a pedir desculpa. Estava tão alterado que de vez em quando começava a bater na mesa a dizer que o queriam expulsar. Exaltava-se de modo furioso, e face a tal inabilidade dos responsáveis da casa em querer resolver a coisa, optamos por levantar a âncora dali.
O metro continua em plena expansão, sempre bem organizado e com informações bem divulgadas. Um quadro á entrada tem indicadas, ao minuto, as últimas linhas a fechar do metro. Os torniquetes já possoem passe Oyster (tipo Lisboa Viva, com RFID). As estações têm ainda um aspecto lúgrubre, muitas delas com estilo Revolução Industrial, com pontes e degraus com metal escuro rebitado. O "Mind the Gap" continua a ouvir-se onde o comboio não acerta com a estação.[foto]
As escadarias inclinadas continuam cheias de reclames dás operas do West End. O simbolo do metro (underground e não subway, isso é uma passagem subterrânea) , circulo azul, com traço horizontal azul continua a a confundir-se com o dos autocarros, igual, mas encarnado. Um bilhete de zona 2 custa 2 libras!!! O londrino chama ao metro "the tube".
Os taxis continuam a ser o modelo londrino (fora de Londres encontra-se de tudo) com apenas 2 modelos, um mais antigo e outro relativamente recente.
[foto][foto]
Os autocarros de dois pisos clássicos estão a ser substituidos mas ainda se vêem dos antigos.
[foto][foto]
Nas passadeiras do centro da cidadade, há avisos para olhar para o "lado inglês", não vá algum turista ser atropelado.
[foto]
As passadeiras são estranhas. Quando há dois sentidos numa estrada com um mínimo de movimento, fica uma ilhota com corrimões negros (tal como os suportes dos semáforos), á que se ligam duas passadeiras sem comunicação. Cada passadeira liga de um extremo oposto da ilhoa e a varanda só está interrompida no sítio da passadeira, ou seja, não se consegue atravessar de um lado a outro na mesma corrida.
[foto]
Os semáforos passam sempre pelo amarelo, venham do verde ou do vermelho.
No Harrods vi um telemóvel de 20000 libras (sim, 30 000 euros!!). Quem raio compra um tlm por esse preço?? Aom fim de 2 ou 3 anos é lixo, não própriamente uma joia. Num ambiente luxuoso decorado com motivos egípcios há na cave um memorial da Diana e Dodi, com o copo de vinho bebido no ultimo jantar em que lhe ofereceu o anel de noivado.
[foto]
Os jornais continuam a empolar a seleção inglesa como se fosse uma das das melhores e o regresso de Rooney o de D. Sebastião. O rapaz até nem é mau jogador, mas nem consigo perceber nada do ele diz senão " blah blah, you know, blah blah, you know". Parece o irlandês que apanhei na Ryanair no outro dia de quem não se percebia mesmo nada. Antes da descolagem fez um discurso em que só percebi "blah blah sêvén tri sêven, oit ôndréd sêrís". Os imigrantes asiáticos fazem também qualquer turista se sentir um comentador da BBC a falar inglês.
Dias depois noutro voo para Londres na easyjet inglesa, decorria o Inglaterra x Suécia, a chefe de cabine anuncia o 1-0 para a Inglaterra. A meio do voo o comandante anuncia "swedem has equalized" - fiz eu uma grande festa. Mais á frente o cmdte anuncia que "England is up 2-1 on a Steven Gerrard header, min 85"...m****a...O homem lá explica que a easyjet manda mensagens para toda a frota (será por ACARS?). Já na descida, o cmdt lá diz "sorry to say, but Sweden has equalised in the ninetieth minute, its 2 a all draw". Bela festa que fiz!!!
Voltei em 2005, mas a Exeter, via LHR, no dia em que o A380 voou pela primeira vez.
Na semana passada foi o primeiro regresso a Londres. Apanhei o metro ai pela meia noite de Liverpool St, via King's Cross para Finsbury Park e estava tudo bêbedoa bordo. Tinham saído dos pubs e metade andava de lado, de vários escalões sociais e faixas etárias. Até ganzas fumavam e os comboios estavam todos sujos. Em Finsbury Park, deparo-me com um bairro velho londrino totalmente dominado pela imigração. Asiáticos da antiga India, negros das Indias Orientais e das Áfricas, e portugueses eram a esmagadora maioria da população, algo não tão óbvio nas zonas históricas. As lojas são quase todas ou pubs, ou cafés de pakis, ou minimercados de indianos (tipo o dos Simpsons), ou lojas de transferência de divisas de imigrantes, ou serviços de taxis meios fajutos a preço fixo de asiáticos, ou tascas tugas, ou lojas de kebabs. Feiras de mercadorias para asiáticos, comida, roupas e utensílios deixam antever um comércio de milhões.
Á primeira vista é um choque ver aquela malta toda, e as ruas totalmente sujas, mas facilmente se vê que ali não há criminalidade e que vive toda a gente em harmonia, e que todos parecem trabalhadores. Em London Bridge vê-se um cartaz a apelar ao orgulho dos cidadãos para manter a cidade limpa.
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Havia um bar madeirense e um café chamado Madeira Star 2. O bar só abria ás 18h e era fully licensed, ou seja, borga pura e dura. O café tinha bom aspecto, com objectos alusivos á ilha nas paredes. Pasteis de nata e bicas Delta e cerveja Sagres eram produtos disponíveis. A bica custava 1.2 gbps (1 libra para os tugas) e tudo o resto era bem mais caro que em Portugal.
Jogava no momento o Brasil e a Croácia. Além dos óbvios tugas, o dono era do Seixal e um dos empregados do Caniçal. Estavam uns quantos brasucas, também. Um português, de aspecto razoável, comentou que a seleção que o impressionou mais era a alvi-celeste. Um brasileiro bêbedo levantou-se, apontou-lhe o dedo e prospegou-lhe um soco na cara. O tuga levantou-se e foi-se embora sem nada dizer. Os donos da casa ainda foram acalmar o brasuca, como que a pedir desculpa. Estava tão alterado que de vez em quando começava a bater na mesa a dizer que o queriam expulsar. Exaltava-se de modo furioso, e face a tal inabilidade dos responsáveis da casa em querer resolver a coisa, optamos por levantar a âncora dali.
O metro continua em plena expansão, sempre bem organizado e com informações bem divulgadas. Um quadro á entrada tem indicadas, ao minuto, as últimas linhas a fechar do metro. Os torniquetes já possoem passe Oyster (tipo Lisboa Viva, com RFID). As estações têm ainda um aspecto lúgrubre, muitas delas com estilo Revolução Industrial, com pontes e degraus com metal escuro rebitado. O "Mind the Gap" continua a ouvir-se onde o comboio não acerta com a estação.[foto]
As escadarias inclinadas continuam cheias de reclames dás operas do West End. O simbolo do metro (underground e não subway, isso é uma passagem subterrânea) , circulo azul, com traço horizontal azul continua a a confundir-se com o dos autocarros, igual, mas encarnado. Um bilhete de zona 2 custa 2 libras!!! O londrino chama ao metro "the tube".
Os taxis continuam a ser o modelo londrino (fora de Londres encontra-se de tudo) com apenas 2 modelos, um mais antigo e outro relativamente recente.
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Os autocarros de dois pisos clássicos estão a ser substituidos mas ainda se vêem dos antigos.
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Nas passadeiras do centro da cidadade, há avisos para olhar para o "lado inglês", não vá algum turista ser atropelado.
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As passadeiras são estranhas. Quando há dois sentidos numa estrada com um mínimo de movimento, fica uma ilhota com corrimões negros (tal como os suportes dos semáforos), á que se ligam duas passadeiras sem comunicação. Cada passadeira liga de um extremo oposto da ilhoa e a varanda só está interrompida no sítio da passadeira, ou seja, não se consegue atravessar de um lado a outro na mesma corrida.
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Os semáforos passam sempre pelo amarelo, venham do verde ou do vermelho.
No Harrods vi um telemóvel de 20000 libras (sim, 30 000 euros!!). Quem raio compra um tlm por esse preço?? Aom fim de 2 ou 3 anos é lixo, não própriamente uma joia. Num ambiente luxuoso decorado com motivos egípcios há na cave um memorial da Diana e Dodi, com o copo de vinho bebido no ultimo jantar em que lhe ofereceu o anel de noivado.
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Os jornais continuam a empolar a seleção inglesa como se fosse uma das das melhores e o regresso de Rooney o de D. Sebastião. O rapaz até nem é mau jogador, mas nem consigo perceber nada do ele diz senão " blah blah, you know, blah blah, you know". Parece o irlandês que apanhei na Ryanair no outro dia de quem não se percebia mesmo nada. Antes da descolagem fez um discurso em que só percebi "blah blah sêvén tri sêven, oit ôndréd sêrís". Os imigrantes asiáticos fazem também qualquer turista se sentir um comentador da BBC a falar inglês.
Dias depois noutro voo para Londres na easyjet inglesa, decorria o Inglaterra x Suécia, a chefe de cabine anuncia o 1-0 para a Inglaterra. A meio do voo o comandante anuncia "swedem has equalized" - fiz eu uma grande festa. Mais á frente o cmdte anuncia que "England is up 2-1 on a Steven Gerrard header, min 85"...m****a...O homem lá explica que a easyjet manda mensagens para toda a frota (será por ACARS?). Já na descida, o cmdt lá diz "sorry to say, but Sweden has equalised in the ninetieth minute, its 2 a all draw". Bela festa que fiz!!!
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