Momento mais memorável da aviação

Como tudo na história, há grandes momentos que fizeram da aviação algo memorável.

Entre grandes momentos nestes 103 anos salientam-se o 1º voo do A380, a chegada do Gago Coutinho e Sacadura Cabral ao Brasil na travessia do Atlântico Sul, a Tournée Mundial do do Dornier Do-X, o desastre com o Tupolev Tu144 em Le Bourget, a Travessia do canal da Mancha, o voo dos manos Wright em Kitty Hawk, o desastre do Hindenburg, a viagem do Voyager de Burt Rutan, o primeiro voo do Spaceship One, a travessia do atlântico feita por Charles Lindberg, etc.


Para mim foram as duas manobras acrobáticas tonneau-barrilado com o Dash80 frente á IATA, em 1955. Foi no seafair de Seattle que Alvin "Tex" Johnson maravilhou o público de 300000 pessoas com dois "parafusos" em que fez os 360 graus. Nesta foto pode-se ver a asa ao contrário por cima do solo.


O que é 0 Dash80? Era o Boeing 367-80. Qual? B.707, já diz alguma coisa? O 367 era um avião de 4 motores a hélice chamado "Stratofreighter" e a Boeing quis esconder o facto de este avião ser algo totalmente novo passando apenas por modificação de algo existente.

Sim era o protótipo do B.707, com a fuselagem mais estreita (sentava 3+2 em linha) e que foi produzido na versão militar como o reabastecedor KC-135. Não foi o primeiro avião comercial a jato, esse foi o DeHavilland Comet inglês, mas foi o primeiro fiável e credível. Na foto a sua ultima aterragem, no aeroporto de Dulles em Washington, rumo ao museu Smithsonian. Em 2003 juntou-se a história da aviação após muitos anos de modificações e a servir de banco de testes para muitas inovações. Estava parado já há algum tempo e voou a baixa altitude sem piloto automático e pressurização.

"Tex" foi chamado pelo boss da Boeing, William McPherson Allen, que lhe perguntou que raio andava ele a fazer. Retorquiu "apenas a vender aviões. É uma manobra perfeitamente segura de 1G". Reponderam-lhe "Agora tu e sabes disso e nós também, mas nunca mais o voltes fazer".

Para mim o momento mais marcante foi este do dash80 porque representou um risco imenso Se os manos Wright tivessem morrido e partido o avião eram apenas mais uns loucos quaisquer. Mas se o 707 tivesse falhado era o fim de um projecto que valia milhões. Foi feito em frente ao público num evento da IATA. Nenhuma airline o ia comprar depois de um desastre ao vivo a fazer acrobacias.
Numa altura em que a aviação comercial estava a dar o salto para o jato e havia temores devido ao Comet um fabricante ter confiança para arriscar uma coisa daquelas é grande prova de qualidade e robustez. Os numeros de vendas são na casa do milhar, tanto na vertente civil como na militar. A fábrica está em Renton, estado de Washington, e essa cidade nunca mais foi a mesma. Daquele modelo desenvolveu-se o 727, 737 e 757. O nariz dos primeiros dois é igual ao do 707 e a secção das cabines é partilhada por todos. Recentemente entregou-se o 5000º B.737 á SW. Fala-se que se se encerrar a produção deste modelo, fecha a fábrica de Renton.
Em Portugal a TAP e a FAP tiveram vários. Eis um aqui em LHR.
Um deles é o da República do Zaire, neste momento a apodrecer na Portela em fente ao hangar 6 da TAPME.
Eis aqui um em grande estilo:
O John Travolta possui um 707-100 com cores da Qantas. Ei-lo em Newark:
Hoje em dia alguem arriscava a fazer uma coisa daquelas com o A380?

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