Sue the Bastards
"Sue the Bastards"
Na passada sexta-feira faleceu Sir Freddie Laker, aos 83 anos. Nos anos 80 revolucionou o mundo da avaição comercial com o seu seu Skytrain. Os seus DC-10 faziam Londres (LGW) x Nova Iorque pos 120 libras, UM TERÇO do preço da concorrência. Uma conspiração da British Airways (BA) em conjunto com outras do mesmo mercado forçaram a falência da Laker. Levou seis dias desde o primeiro alerta da carpete ser puxada debaixo dos pés pelos credores até o fim da da companhia. O sir Freddie foi a uma reunião com um banco e quando lá chegou foi parar a uma cave sem decoração onde foi tratado como um bandido que passou um cheque careca, em vez da esperada pela porta grandes dos investimentos.
Anos mais tarde a Virgin passou pelo mesmo processo de "concorrência" por parte da BA. O sir Richard Branson que tinha nomeado o seu primeiro 747 de "Spirit of Sir Freddie", foi pedir-lhe opinião sobre como lidar com o assunto.
A resposta dele foi enfática: "Sue the bastards"
Veio pela sua própria experiência em combater os poderes instalados das airlines que probiram a Douglas de lhe vender DC-10. O Skytrain muita dor de cabeça causou. Á Laker, a Dama de Ferro negou um empréstimo de poucos milhões de libras que a aguentariam mais uns tempos. No mesmo dia era aprovada mais uma injecção financeira governamental de montante muito superior á BA, que a ajudava a sustentar a concorrência ilegal -dumping- que ajudou a vitimar a Laker.
Foi a tribunal de mercado nos US, por causa da MDDouglas e das linhas para NY. Teve de ser o Ronald Reagan em pessoa a acabar como o julgamento por "motivos de interesse da nação US". A BA estava á beira da privatização e a Dama de Ferro interveio pela via diplomática para por termo aos 3 anos de atraso que este caso provocou.
No fim a BA, pagaria avultada soma á defunta Laker, mas sem reconhecer qualquer culpa, surrealista.
Na Madeira saudades dos BAC 1-11 da Laker (para quem os viu).
A BA era liderada pelo Lord King, pessoa que subiu da plebe até fazer parte dos circulo de amigos da familia real. Foi um grande artífice da revolução que trasnformou um caos de uma fusão da BEA e BOAC, numa das melhores airlines do mundo. Após resolvido o problema com a Laker, a dispersão em bolsa foi um sucesso. No entanto, a privatização não limpou os previlégios de companhia estatal. Slots em Heathrow e restrições que lhe davam monopólio eram a diferença da BA para as outras. A concorrência ou foi toda comprada ou deixada falir.
Resistia a Virgin com a figura do RBranson a captar a atenção dos media e pax, associada á suas ideias inovadoras. Mesmo com dimensão pequena em relação á BA, mexia-se muito bem e ameaçava as rotas mais importantes como a Londres-NY e Londres-Tokyo.
O fim da picada foi no inicio da guerra do golfo. Um 747 da BA foi apreendido no Kuwait aquando da invasão iraquiana. O avião foi inclusivamente destruido no ataque da coligação. Na altura ficaram os pax e tripulação feitos prisioneiros. Acontece que o Saddam Hussein era conhecido do Richard Branson e concedeu-lhe autorização para a Virgin resgatar todo o pessoal num dos seus 747. A BA amuou por este protagonismo e viciou os media para apelidarem o acto de anti-patriótico.
Este momento foi de viragem e os gentlemen da BA deixaram de o ser. Venderam histórias falsas de que a recolha do lixo não era feita á frente da discoteca londrinda do RB por haverem seringas nos sacos. Um reverendo (!) da parte comercial organizou uma campanha de marketing, baseada em roubar pax á Virgin Atlantic. O sistema de reservas da VA era o da BA que muitas airlines usavam. Esta passou a espiolhar as reservas e telefonar aos pax da VA dizendo que o voo tinha sido cancelado que e podiam ir na BA em executiva. A outros, na aerogare, ofereciam voos no Concorde para mudarem de companhia e muitos truques mais. Tudo foi descoberto quando um detective privado foi apanhado a vasculhar o caixote de lixo de uma pessoa da VA.
Um longo e complexo processo vencido pela VA deitou abaixo Lord King e o seu n2, Collin Marshall, e pavimentou o caminho para concorrência legal. Penso que as low-cost beneficaram muito desta abertura.
Robert Ayling assumiria a presidência da BA tendo sido um artífice do London Eye (a roda gigante na margem do Tâmisa). Lançou também belos, na minha opinião, motivos étnicos nas caudas da BA. A VA começou a pintar os winglets dos seus aviões com o Uniion Jack e apregoar "A única companhia que carrega a bandeira". O London Eye teve escaladas de custos enormes. Foi contruido sobre plataformas no rio para ser içado até a sua posição final, o que foi muito mais dificil do que se previa. A VA sobrevoou o London Eye com um dirigivel pintado com "BA cannot get it up".
Bob Ayling seria sido despedido no dia após da inaguração do Londo Eye, fracassada a fusão com da BA com a American Airlines por motivos de anti-thrust. Agora está lá Bob Eddington e a BA volta a ser alvo de investigação pelo mesmo motivo.
Na passada sexta-feira faleceu Sir Freddie Laker, aos 83 anos. Nos anos 80 revolucionou o mundo da avaição comercial com o seu seu Skytrain. Os seus DC-10 faziam Londres (LGW) x Nova Iorque pos 120 libras, UM TERÇO do preço da concorrência. Uma conspiração da British Airways (BA) em conjunto com outras do mesmo mercado forçaram a falência da Laker. Levou seis dias desde o primeiro alerta da carpete ser puxada debaixo dos pés pelos credores até o fim da da companhia. O sir Freddie foi a uma reunião com um banco e quando lá chegou foi parar a uma cave sem decoração onde foi tratado como um bandido que passou um cheque careca, em vez da esperada pela porta grandes dos investimentos.
Anos mais tarde a Virgin passou pelo mesmo processo de "concorrência" por parte da BA. O sir Richard Branson que tinha nomeado o seu primeiro 747 de "Spirit of Sir Freddie", foi pedir-lhe opinião sobre como lidar com o assunto.
A resposta dele foi enfática: "Sue the bastards"
Veio pela sua própria experiência em combater os poderes instalados das airlines que probiram a Douglas de lhe vender DC-10. O Skytrain muita dor de cabeça causou. Á Laker, a Dama de Ferro negou um empréstimo de poucos milhões de libras que a aguentariam mais uns tempos. No mesmo dia era aprovada mais uma injecção financeira governamental de montante muito superior á BA, que a ajudava a sustentar a concorrência ilegal -dumping- que ajudou a vitimar a Laker.
Foi a tribunal de mercado nos US, por causa da MDDouglas e das linhas para NY. Teve de ser o Ronald Reagan em pessoa a acabar como o julgamento por "motivos de interesse da nação US". A BA estava á beira da privatização e a Dama de Ferro interveio pela via diplomática para por termo aos 3 anos de atraso que este caso provocou.
No fim a BA, pagaria avultada soma á defunta Laker, mas sem reconhecer qualquer culpa, surrealista.
Na Madeira saudades dos BAC 1-11 da Laker (para quem os viu).
A BA era liderada pelo Lord King, pessoa que subiu da plebe até fazer parte dos circulo de amigos da familia real. Foi um grande artífice da revolução que trasnformou um caos de uma fusão da BEA e BOAC, numa das melhores airlines do mundo. Após resolvido o problema com a Laker, a dispersão em bolsa foi um sucesso. No entanto, a privatização não limpou os previlégios de companhia estatal. Slots em Heathrow e restrições que lhe davam monopólio eram a diferença da BA para as outras. A concorrência ou foi toda comprada ou deixada falir.
Resistia a Virgin com a figura do RBranson a captar a atenção dos media e pax, associada á suas ideias inovadoras. Mesmo com dimensão pequena em relação á BA, mexia-se muito bem e ameaçava as rotas mais importantes como a Londres-NY e Londres-Tokyo.
O fim da picada foi no inicio da guerra do golfo. Um 747 da BA foi apreendido no Kuwait aquando da invasão iraquiana. O avião foi inclusivamente destruido no ataque da coligação. Na altura ficaram os pax e tripulação feitos prisioneiros. Acontece que o Saddam Hussein era conhecido do Richard Branson e concedeu-lhe autorização para a Virgin resgatar todo o pessoal num dos seus 747. A BA amuou por este protagonismo e viciou os media para apelidarem o acto de anti-patriótico.
Este momento foi de viragem e os gentlemen da BA deixaram de o ser. Venderam histórias falsas de que a recolha do lixo não era feita á frente da discoteca londrinda do RB por haverem seringas nos sacos. Um reverendo (!) da parte comercial organizou uma campanha de marketing, baseada em roubar pax á Virgin Atlantic. O sistema de reservas da VA era o da BA que muitas airlines usavam. Esta passou a espiolhar as reservas e telefonar aos pax da VA dizendo que o voo tinha sido cancelado que e podiam ir na BA em executiva. A outros, na aerogare, ofereciam voos no Concorde para mudarem de companhia e muitos truques mais. Tudo foi descoberto quando um detective privado foi apanhado a vasculhar o caixote de lixo de uma pessoa da VA.
Um longo e complexo processo vencido pela VA deitou abaixo Lord King e o seu n2, Collin Marshall, e pavimentou o caminho para concorrência legal. Penso que as low-cost beneficaram muito desta abertura.
Robert Ayling assumiria a presidência da BA tendo sido um artífice do London Eye (a roda gigante na margem do Tâmisa). Lançou também belos, na minha opinião, motivos étnicos nas caudas da BA. A VA começou a pintar os winglets dos seus aviões com o Uniion Jack e apregoar "A única companhia que carrega a bandeira". O London Eye teve escaladas de custos enormes. Foi contruido sobre plataformas no rio para ser içado até a sua posição final, o que foi muito mais dificil do que se previa. A VA sobrevoou o London Eye com um dirigivel pintado com "BA cannot get it up".
Bob Ayling seria sido despedido no dia após da inaguração do Londo Eye, fracassada a fusão com da BA com a American Airlines por motivos de anti-thrust. Agora está lá Bob Eddington e a BA volta a ser alvo de investigação pelo mesmo motivo.
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