Xenofobia, conceito de 1º Mundo
O terrorismo é um conceito apenas para paises na mó-de-baixo. No caso dos outros é "fight for freedom" e tangas do tipo. Inversamente acontece no caso da Xenofobia. Nos paises ricos é um crime, E DEVE SER, nos restantes paises ninguem liga. Tiremos o caso dos Hutsis e Tutsis e a maior parte passa em branco ou é vista de modo condescendente, do género "eh pá aquilo lá é mesmo um terceiro mundo, morriam de fome na mesma". Mesmo no supracitado caso, o organizador que importou machados e usou das suas estações de rádio para explicar como matar mortalmente com os instrumentos passeia-se em liberdade por muitos paises europeus. Só interessa defesa dos direitos humanos quando são presos politicos, de modo a extrapular dividendos. Dai que tibetanos, muçulmanos mortos no Líbano, indios e curdos mortos em paises terceiro-mundistas não interessam. Somemos os 200 000 timorenses na invasão dos Indonésios ás ordens de Suharto e com aval da nação cujo hino acaba com "home of the free, land of the brave".Apontaram-me ontem o facto de Argentina não ter pretos quase nenhuns. Nunca lá fui, mas já estive no México, Cuba, Brazil e Venezuela. Qualquer destes paises tem uma forte quantidade de pretos, visivel nas suas seleções desportivas. Mas nos azuis-celestes na realidade só me lembro de brancos, muitos com apelidos italianos ou até alemães. No anos 40 alguns nazis responsáveis pelas maiores atrocidades vistas na Europa no século XX fugiram para terra das Pampas. Nessa mesma Argentina parece haver um profundo racismo e o quase negar que existam pretos lá. Um politico referiu-se uma vez á migração de pessoas do interior (pretos e indios) como uma "aluvión zoológico". Fala-se também de uma obra chamada "Argentina, la única América blanca al sur del Canadá". Façam procuras no google por "porque no hay negros argentina" e encontam muita coisa. "E esta, hem?" (copyright Fernando Pessa).
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